Vacinas - Pesquisa IPSOS

Pesquisa da GSK revela que metade dos pais não vacinaram os filhos contra meningite durante a pandemia de Covid-19

Buscando entender os impactos da pandemia de Covid-19 na rotina de vacinação de crianças e adolescentes contra doença meningocócica (meningite) nos últimos doze meses, a farmacêutica GSK encomendou uma pesquisa para a Ipsos, que entrevistou pais e responsáveis legais de oito diferentes países. Os dados revelam que 50% deles adiaram ou faltaram à data prevista para nova dose de vacina contra meningite de seus filhos durante a pandemia.

Entre os 4.962 pais e responsáveis legais entrevistados, todos tomavam as decisões sobre a saúde das crianças e adolescentes sozinhos ou em conjunto com o parceiro ou parceira. No Reino Unido, Itália, França, Alemanha, Argentina, Brasil e Austrália, os filhos dos participantes do estudo tinham entre 0 e 4 anos de idade; já nos Estados Unidos, os filhos tinham entre 11 e 18 anos.

Nos oito países que participaram da pesquisa online, realizada entre 19 de janeiro e 16 de fevereiro de 2021, os resultados mostraram que as medidas de isolamento social durante a pandemia foram a principal razão para o atraso ou cancelamento da vacinação contra meningite meningocócica. A maioria dos pais (95%) também afirmou que seus filhos irão retomar pelo menos uma atividade que envolva contato próximo com outras pessoas quando as restrições forem suspensas, sendo que 76% das crianças e adolescentes irão interagir com grupos de familiares ou amigos presencialmente.

No Brasil, 57% dos entrevistados declararam ter desistido ou adiado algum compromisso ou consulta de saúde dos filhos durante a pandemia, índice acima dos 46% da média geral da pesquisa. No entanto, quando se trata especificamente de vacinação contra meningite meningocócica, eles foram tão propensos a faltar ou atrasar alguma dose do esquema vacinal quanto os demais participantes (50%). O motivo, segundo 72% dos pais brasileiros, seriam as medidas restritivas da pandemia - mesma justificativa apontada por 63% da amostra geral do estudo.

Um diferencial dos pais e responsáveis legais no Brasil é que estes têm maior probabilidade de recuperar a situação de abandono vacinal, com 76% dos entrevistados afirmando que é provável que atualizem o calendário vacinal dos filhos  assim que as restrições forem suspensas - contra 66% na média dos oito países pesquisados.

“Conhecer os sinais e sintomas da doença meningocócica e buscar se informar sobre todas as formas de proteção, incluindo vacinação, pode ajudar a evitar surtos de meningite concomitantes à atual pandemia. Também pode fornecer mais segurança para quando as restrições forem suspensas e as crianças retomarem o contato próximo com outras pessoas em ambientes fechados, como creches, escolas ou reuniões de família”, disse o Dr. Thomas Breuer, vice-presidente sênior e diretor médico de Vacinas da GSK.

Os três principais motivos para o adiamento ou falta à vacinação dos filhos apontados por 50% dos pais pesquisados ​​em oito países foram as medidas de isolamento (63%), a preocupação de contrair Covid-19 em locais públicos (33%) e a necessidade de cuidar de alguém contaminado com o coronavírus, como um membro da família ou eles próprios (20%).

A pesquisa também concluiu que mais de três quartos dos pais e responsáveis legais (77%) pretendem reagendar a vacinação contra meningite de seus filhos. Ao contrário desse grupo, porém, 21% disseram que não reagendarão essa vacinação, com a maioria desses pais (11%) justificando a posição pelo medo, ainda presente, de contrair Covid-19 em espaços públicos.

“Embora a pandemia de Covid-19 continue a ter um impacto em nossas comunidades e sistemas de saúde, as autoridades, incluindo a Organização Mundial da Saúde, recomendam que as vacinas de rotina continuem a ser administradas. Agora que medidas apropriadas estão sendo tomadas para garantir um retorno seguro aos postos de saúde e clínicas privadas, é hora de todos nós começarmos a pensar sobre as vacinas relevantes e recomendadas que os familiares sob nossos cuidados podem ter perdido o prazo ou precisam agora” declarou o Dr. Alejandro Lepetic, diretor médico de Vacinas da GSK Brasil.

Sobre a pesquisa

Para identificar uma amostra representativa de adultos com mais de 18 anos, os públicos foram estabelecidos por gênero, idade, local de residência e situação de trabalho, e os dados finais ponderados para esse público. Outras perguntas, que funcionaram como filtros, foram feitas aos participantes para definir a amostra para a pesquisa.

Além de fornecer os resultados individualmente para cada um dos oito países integrantes da pesquisa, a Ipsos produziu um panorama com base nas "médias dos países". Nesse caso, os resultados de cada país têm o mesmo peso, em vez de serem proporcionais à sua população, com os seguintes tamanhos de amostra:  

  • Estados Unidos (n=1500);
  • Reino Unido (n=500);
  • França (n=500);
  • Alemanha (n=476);
  • Itália (n=500);
  • Brasil (n=501);
  • Argentina (n=501);
  • Austrália (n=484).

Sobre a doença meningocócica invasiva

A doença meningocócica invasiva (DMI) é rara,2 com média de notificações de cada país variando de 0,1 a 2,4 casos por 100.000 habitantes em 2017.3 No entanto, essa doença potencialmente grave e imprevisível pode levar o paciente a óbito em menos de 24 horas4, sendo a principal causa de risco de vida por meningite bacteriana na maior parte do mundo industrializado.5 Cerca de uma em cada dez pessoas que contraem a doença morrem, mesmo recebendo o tratamento adequado.6

Além disso, cerca de 20% dos pacientes que sobrevivem à DMI podem sofrer uma sequela física ou neurológica grave (perda de membros, de audição ou convulsões).6 A incidência mais alta ocorre no grupo mais vulnerável, de bebês e crianças pequenas, seguido por um segundo pico mais baixo em adolescentes e jovens adultos.7, 8. No caso do Brasil, este segundo pico não é observado, mas existem estudos que demostraram que a população de adolescentes e jovens adultos é a carreadora do meningococo na garganta e nasofaringe, o que pode implicar na transmissão da infecção.

Material dirigido ao público em geral. Por favor, consulte o seu médico.

Referências

  1. Pesquisa da GSK “Vacinação contra meningite: os efeitos da pandemia”. Acesso em: fev. 2021.
  2. PELTON, SI. Meningococcal disease awareness; Clinical and epidemiological factors affecting prevention and management in adolescents. J Adolescent Health. 2010;46:S9-S15  
  3. EUROPEAN CENTRE FOR DISEASE PREVENTION AND CONTROL. Surveillance report: Invasive meningococcal disease – Annual Epidemiological Report for 2017. Disponível em: < https://ecdc.europa.eu/en/publications-data/invasive-meningococcal-disease-annual-epidemiological-report-2017 >. Acesso em: mar. 2021.
  4. THOMPSON, MJ et al. Clinical recognition of meningococcal disease in children and adolescents. Lancet. 2006;367:397-403
  5. RAPPUOLI, R et al. Meningococcal B vaccine (4CMenB): the journey from research to real world experience. Expert Rev Vaccines. 2018;17(12):1111-1121  
  6. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Newsroom. Fact sheets. Meningococcal meningitis. Disponível em: < https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/meningococcal-meningitis>. Acesso em: mar. 2020.
  7. CHRISTENSEN, H et al. Meningococcal carriage by age: a systematic review and meta-analysis. Disponível em: <https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/21075057/>. Acesso em: mar. 2021
  8. PETERSON, M et al. Serogroup-specific meningococcal carriage by age group: a systematic review and meta-analysis. Disponível em: < https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6500331/>. Acesso em: mar. 2021

 

NP-BR-MNX-PRSR-210001 – Março/2021