Mês da Saúde: conheça os principais benefícios da imunização para a saúde da população

As vacinas são um marco na história da saúde humana.1

As vacinas são um marco na história da saúde humana.1 A imunização previne doenças graves, melhora a qualidade de vida de todos e, segundo dados da Organização Mundial de Saúde, vacinas salvam a vida de 3 milhões de pessoas a cada ano. 1,2

Para Dra. Lessandra Michelin (CRM 23494-RS), infectologista e gerente médica de vacinas da GSK, este mês, em que foi celebrado o Dia Mundial da Saúde, é uma excelente oportunidade para conscientizarmos a população sobre a importância e os benefícios da imunização para a saúde de todos.

“A vacinação evita que alguns vírus e bactérias circulem na população, prevenindo o acometimento por doenças graves imunopreveníveis que podem causar sequelas permanentes, como surdez, cegueira, paralisia, ou, até mesmo, óbito. O Brasil possui um amplo e diversificado programa de imunização, capaz de oferecer proteção para todas as fases da vida, desde bebês até idosos. Infelizmente, estamos acompanhando baixos índices de cobertura vacinal nos últimos anos e precisamos alertar para potenciais consequências desse problema para a saúde local e global. Estamos vivenciando o ressurgimento de doenças controladas, como sarampo e poliomielite, por exemplo”, alerta.

Atualmente, o Calendário Nacional de Vacinação do Ministério da Saúde disponibiliza, gratuitamente, para os recém-nascidos até a terceira idade um total de 21 vacinas que protegem contra mais de 25 doenças.3,11,13 Já na rede privada estão disponíveis imunizantes para a proteção de todas as faixas etárias, complementando o calendário vacinal do Programa Nacional de Imunizações (PNI). 4

“A vacinação protege não só quem é vacinado. Com a chamada imunidade de rebanho, conseguimos proteger também aqueles que não desenvolvem a imunidade ou que não podem se vacinar. Ou seja, quanto mais pessoas de uma comunidade se vacinam e estão protegidas, menor é a chance de uma doença se propagar”, complementa a infectologista.

Imunização pediátrica

Para a vacinação de bebês e crianças, o Ministério da Saúde orienta a vacinação de acordo com o calendário do Programa Nacional de Imunizações (PNI) e todas as vacinas recomendadas no PNI estão disponíveis gratuitamente nos postos de saúde pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Essas vacinas oferecem proteção para diversas doenças como poliomielite, coqueluche, hepatite, tuberculose, pneumonia, meningites, febre amarela, sarampo, gripe, COVID-19, entre outras.3,5,10

Já a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) possuem calendários de vacinação com recomendações que complementam o PNI, abrangendo também vacinas que atualmente só estão disponíveis na rede privada para a imunização das crianças. As vacinas da rede privada podem fornecer, por exemplo, uma proteção mais ampla contra como a meningite meningocócica - dos 5 principais tipos (A, B, C, W, Y). 4,6

“As crianças têm risco importante de contrair doenças imunopreveníveis principalmente em períodos de baixas coberturas vacinais. Para que não fiquem desnecessariamente vulneráveis, e não tenhamos um aumento de casos e ressurgimento de doenças graves, precisamos que a imunização das crianças esteja sempre atualizada. É preciso que os pais se conscientizem, olhem a caderneta de vacinação de seus filhos e mantenham todas as doses em dia, incluindo as doses de reforço vacinal”, conta Dra. Lessandra.

Imunização dos adolescentes

A mesma coisa pode acontecer com os adolescentes se estiverem com vacinas atrasadas. “Os adolescentes e os adultos jovens são os principais portadores assintomáticos da bactéria causadora da meningite meningocócica, e podem transmiti-la para outras pessoas através da saliva e partículas respiratórias, sem necessariamente desenvolver a doença. Por isso, a vacinação dessa faixa etária também é fundamental. A meningite é uma doença grave, que pode levar à óbito em poucas horas. A melhor forma de prevenção é através da vacinação”, alerta a médica.

Atualmente, as redes pública e privada disponibilizam aos adolescentes vacinas contra diversas doenças como meningite meningocócica, hepatites A e B, febre amarela, sarampo, caxumba e rubéola (através da vacina tríplice viral), difteria, tétano, coqueluche, além de HPV e COVID-19. 4,5,10

 Imunização para gestantes

Também existem vacinas recomendadas para as gestantes. Uma delas é a vacina que previne contra difteria, tétano e coqueluche (dTpa).5,7,8Muitas gestantes não têm conhecimento sobre a importância dessa vacina para a saúde da mãe e do bebê. A coqueluche é uma doença infecciosa, altamente contagiosa, que compromete o aparelho respiratório. A maioria dos casos graves da doença e óbitos se concentra em crianças menores de um ano de idade, especialmente nos primeiros seis meses de vida. Os bebês, nos primeiros meses de vida, ainda não completaram o esquema primário de vacinação e, com isso, são mais suscetíveis a infecções. Com a imunização, a gestante pode ajudar a proteger o recém-nascido através da transferência de anticorpos durante a gravidez”, alerta Dra. Lessandra.

O Ministério da Saúde, por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI), e a rede privada disponibilizam as seguintes vacinas para gestantes: dTpa (difteria, tétano e coqueluche); dT (difteria e tétano); hepatite B; influenza (contra gripe) e COVID-19.5,9,10 As vacinas recomendadas para gestantes são seguras e não causam problemas à saúde de mães ou bebês.7

 Imunização de adultos e idosos

Além das crianças, dos adolescentes e das gestantes, os adultos e os idosos também precisam se vacinar.3,4,5 “A vacinação pode desempenhar um papel crucial na manutenção da saúde dos adultos. Muitas pessoas acham que a imunização só é essencial quando criança, mas a vacinação ao longo da vida traz muitos benefícios que se acumulam para a saúde geral e a expectativa de vida. É importante que todos entendam que a vacinação é uma ferramenta essencial para proteção de adultos e idosos, proporcionando um envelhecimento saudável, e evitando a propagação de doenças em populações mais vulneráveis, com doenças crônicas e alteração de imunidade”, conta a infectologista.

O Brasil possui calendários de vacinação para adultos e idosos, disponibilizados pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde (MS).5,10 Para os indivíduos portadores de condições especiais, o MS possui um calendário de imunização específico, com vacinas disponíveis nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE).5,11 A recomendação vacinal para adultos leva em conta, entre outros fatores, a idade do indivíduo, seu histórico vacinal, presença de comorbidades e ocupação.4,11

As recomendações de vacinação das sociedades médicas, como a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), e a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), entre outras, podem incluir vacinas que não estão disponíveis na rede pública, além de contemplar indicações mais abrangentes.4,12,14

“Infecções respiratórias são comuns em adultos com mais de 60 anos e algumas vacinas como a da gripe, da coqueluche e a vacinas pneumocócicas, podem reduzir os riscos de contrair a doença e de ter complicações mais sérias, ou até hospitalizações. Podemos citar ainda a importância da prevenção contra o herpes zoster, uma doença causada pela reativação do vírus varicela-zoster, cuja incidência também se correlaciona com a idade e com a presença de doenças que causam alteração da resposta imunológica”, finaliza Dra. Lessandra.

 

Material dirigido ao público em geral. Por favor, consulte o seu médico.

 

Referências:

  1. BRASIL. Ministério da Saúde. Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/17-10-dia-nacional-da-vacinacao/#:~:text=As%20vacinas%20t%C3%AAm%20import%C3%A2ncia%20hist%C3%B3rica,%2C%20rub%C3%A9ola%2C%20sarampo%20e%20t%C3%A9tano>. Acesso em: 13 mar. 2023
  2. FIOCRUZ. ‘Ser contra a vacinação é ser contra a vida’. Disponível em: <https://www.epsjv.fiocruz.br/noticias/entrevista/ser-contra-a-vacinacao-e-ser-contra-a-vida>. Acesso em: 13 mar. 2023.
  3. BRASIL. Ministério da Saúde. Vacinação é a maneira mais eficaz para evitar doenças. Disponível em: <https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2019/outubro/vacinacao-e-a-maneira-mais-eficaz-para-evitar-doencas#:~:text=Al%C3%A9m%20de%20manter%20h%C3%A1bitos%20de,doen%C3%A7as%2C%20entre%20elas%20o%20sarampo>. Acesso em: 13 mar. 2023.
  4. SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Calendário de vacinação do nascimento à terceira idade: recomendações da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) - 2022/2023 (atualizado 12/01/2023). Disponível em: <https://sbim.org.br/images/calendarios/calend-sbim-0-100-2022-2023.pdf>. Acesso em: 13 mar. 2023.
  5. BRASIL. Ministério da Saúde. Calendário de Vacinação 2022. Disponível em: <https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/c/calendario-nacional-de-vacinacao/calendario-vacinal-2022/ms_influenza_cartaz_pni_64x46cm_21set_eleitoral-3.pdf/view>. Acesso em: 13 mar. 2023.
  6. SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Calendário de vacinação da SBP 2022. Disponível em: <https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/sbp/2022/setembro/23/23625e-DC_Calendario_Vacinacao_-_Atualizacao_2022.pdf>. Acesso em: 13 mar. 2023.
  7. FEDERAÇÃO BRASILEIRA DAS ASSOCIAÇÕES DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA. Programa Vacinal para Mulheres. 2021. Disponível em: <https://www.febrasgo.org.br/en/revistas/item/1261-programa-vacinal-das-mulheres>. Acesso em: 5 abr. 2023.
  8. FEDERAÇÃO BRASILEIRA DAS ASSOCIAÇÕES DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA. Febrasgo recomenda vacinação com dTpa para as gestantes. 2017. Disponível em: <https://www.febrasgo.org.br/pt/noticias/item/283-febrasgo-recomenda-vacina-dtpa-para-as-gestantes>. Acesso em: 13 mar. 2023.
  9. SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Calendário de vacinação da gestante (2022/2023). Disponível em: <https://sbim.org.br/images/calendarios/calend-sbim-gestante.pdf>. Acesso em: 13 mar. 2023.
  10. BRASIL. Ministério da Saúde. Informe Técnico Operacional de Vacinação Contra a Covid-19. Disponível em: <https://www.gov.br/saude/pt-br/coronavirus/informes-tecnicos/2023/informe-tecnico-operacional-de-vacinacao-contra-a-covid-19/view>. Acesso em: 13 mar. 2023.
  11. BRASIL. Ministério da Saúde. Manual dos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (5ª edição). Disponível em: < https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_centros_imunobiologicos_especiais_5ed.pdf>. Acesso em: 6 mar. 2023.
  12. SOCIEDADE BRASILEIRA DE GERIATRIA E GERONTOLOGIA E SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Geriatria: guia de vacinação (2022/2023). Disponível em: <https://sbgg.org.br/wp-content/uploads/2022/09/1663759051_Guia-Geriatria-SBIm-SBGG-4a-ed-2022-2023-220828a-web.pdf>. Acesso em: 13 mar. 2023.
  13. BRASIL. Ministério da Saúde. Calendário Nacional de Vacinação. Disponível em: < https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/c/calendario-nacional-de-vacinacao> Acesso em: 30 mar. 2023.
  14. SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Guia de Imunização SBIM / SBPT. Pneumologia. 2018-2019. Disponível em: <https://sbim.org.br/images/files/guia-pneumologia-sbim-2018-2019.pdf>. Acesso em: 14 abr. 2023.

 

NP-BR-GVU-PRSR-230001 – Abril/2023