Edição especial do projeto Olha Pra Mim registra pessoas que lutam contra o preconceito ao HIV

Parceria entre a GSK/ViiV Healthcare e o fotógrafo Thiago Santos, campanha visa mostrar que existe vida após o diagnóstico

 Grupo de pessoas olhando para a câmera

Olha Pra Mim. Crédito: Thiago Santos

Quem são e como é a vida das pessoas que vivem com HIV? São essas perguntas que uma edição especial do projeto Olha Pra Mim, com apoio da GSK/ViiV Healthcare, procura responder. Através dos registros sensíveis do fotógrafo Thiago Santos, pessoas que têm alguma ligação com o tema combatem o preconceito ao mostrar que o HIV não tem "cara" e não está diretamente ligado a uma orientação sexual, gênero, ou qualquer outro estereótipo que pode ser associado ao tema. Mas, muito mais do que isso, a campanha reforça que existe vida após o diagnóstico, e ela pode seguir cheia de sonhos e possibilidades.

O projeto Olha Pra Mim começou em 2014 como uma iniciativa do fotógrafo Thiago Santos, com o propósito de evidenciar o olhar do outro e trazer um pensamento de humanização e de conexão social por meio da expressão do olhar. “Meu objetivo era colocar todas as pessoas fotografadas no mesmo espectro, sem distinção de personalidade, cor, classe social, religião, gênero ou caráter, desde aquelas mais admiradas pela sociedade até as mais esquecidas e marginalizadas. A parceria com a GSK/ViiV Healthcare leva o projeto para uma nova esfera, já que as pessoas que vivem com HIV ainda são tão invisibilizadas, e a partir dos registros, eu convido o público a perceber que, apesar de muitas diferenças, todos nós somos iguais”, comenta ele.

Posaram para as lentes do fotógrafo pessoas que vivem com HIV/Aids (PVHA), outras que têm algum vínculo próximo com PVHA ou que fazem parte de redes de apoio, além de especialistas da área da saúde. São elas:

  • Diego Moi - Profissional de saúde, da área de educação física, pai recente de uma menina. Vive com HIV desde 2019, heterossexual;
  • Gabriel Comicholi - Comunicador e criador de conteúdo digital, vive com HIV desde 2016;
  • Gabriella Durso - Médica infectologista há mais de 15 anos. Atua no SUS e em consultório particular para, além de fazer diagnóstico e tratar problemas de saúde, compartilhar conhecimento e combater mitos, preconceitos e estigmas sobre HIV;
  • Lázaro Silva - Homem negro, candomblecista e educador social nas áreas de relações étnico-raciais, HIV/Aids e povos de terreiros. Formado em gestão pública, tendo atuado com projetos na ONU (UNAIDS) e em ONGs em vários lugares do Brasil;
  • Lucian Ambrós – Psicanalista, criador do projeto ‘Posithividades’ e autor do livro ‘O Guia quase completo como viver com HIV’;
  • Rico Vasconcelos - É um dos médicos infectologistas mais conhecidos por trabalhar com ênfase na questão do HIV há duas décadas;
  • Thais Renovatto - Mãe, escritora, palestrante e autora do livro ‘5 anos Comigo’, é embaixadora do projeto Criança Aids, e vive com HIV há 7 anos. Ela vive um relacionamento heterossuxal sorodiferente;
  • Thiphany Lopes - Ativista da causa LGBTQIAP+, especialmente para questões ligadas à vivência trans. Atua através de centros de acolhimento na prevenção do HIV e outras ISTs.

A campanha busca reduzir o estigma e reforçar a importância da rede de apoio após o diagnóstico. “Do ponto de vista médico, em tratamento e qualidade de vida, a gente está muito avançado. Mas do ponto de vista psicológico e de preconceito, parece que não evoluiu muito. Quem vive com HIV continua tendo muita sombra, muita vergonha e dificuldade de conversar com as pessoas sobre disso”, comenta a médica infectologista Gabriella Durso; “Para você conseguir falar sobre a sua sorologia, tem que trabalhar preconceitos seus para conseguir externalizar. E essa é a barreira mais difícil que existe na vida de quem vive com HIV”, afirma o psicanalista Lucian Ambrós; “É um fardo difícil para carregar, mas você não precisa carregar ele sozinho”, conclui o comunicador Gabriel Comicholi, todos em depoimento ao projeto.

Além das fotografias, esta edição especial do projeto Olha Pra Mim também conta com um vídeo ‘making-of’, no qual os participantes se apresentam e contam um pouco mais de sua trajetória. Eles revelam histórias de superação e relatos que desafiam qualquer tipo de ideia preconcebida criada pela sociedade, como, por exemplo, a escritora Thais Renovatto, uma mulher heterossexual que vive com HIV e tem dois filhos que não possuem o vírus, mesmo tendo nascido após seu diagnóstico.

“O objetivo da campanha é mostrar que existe vida após o diagnóstico do HIV. Com os medicamentos necessários, o paciente atinge o estado de indetectável = intransmissível (i=i). Isso quer dizer que pessoas que vivem com HIV que fazem uso da terapia antirretroviral de maneira correta, e possuem carga viral indetectável há pelo menos seis meses, não transmitem o vírus por vias sexuais. Por isso, a testagem e o tratamento precoce são essenciais para garantir a qualidade de vida. Além disso, a rede de apoio, sejam familiares ou amigos, é fundamental para ter suporte social e emocional. Quem ainda não se sente confortável para compartilhar o diagnóstico com pessoas conhecidas também pode procurar grupos de aconselhamento e terapia para lidar com o impacto psicológico”, afirma Rodrigo Favoni, Head de Vacinas e HIV da GSK Brasil.

As redes de apoio auxiliam o paciente a lidar com implicações negativas que podem surgir após o diagnóstico, como hostilidade, segregação, exclusão social e até mesmo autoexclusão. “Quando nós, militantes e ativistas, reforçamos a importância de sermos ombro e ouvido para que as pessoas consigam falar do seu diagnóstico, é para tentar ser diferente do que foi com a gente. A vida traz novos significados”, ressalta Lázaro Silva. “Quando alguém conta para você que vive com o vírus HIV, a primeira coisa que você tem que responder é ‘obrigado por ter confiado em mim’ ", diz o médico infectologista Rico Vasconcelos. Já o educador físico Diego Moi completa: “Eu tive que mostrar para a minha família como é viver com o vírus HIV”. “Eu costumo dizer que as redes de apoio vão salvar muitas pessoas, sabe? Porque uma andorinha só, não faz verão. Mostrar pra essa pessoa que vive e convive com o HIV, pra ela não desistir. Pra não desistir porque o amor, as redes de apoio, salvam!” finaliza a ativista Thiphany Lopes.

Segundo dados do Relatório de Monitoramento Clínico do HIV de 2022, do Ministério da Saúde, aproximadamente 936 mil pessoas vivem com HIV no Brasil atualmente, sendo que 88% estão diagnosticadas. Destas, 71% encontram-se em tratamento com antirretroviral e 63% estão com supressão viral.1

Material dirigido ao público em geral. Por favor, consulte o seu médico.

NP-BR-HVX-PRSR-230004 – Dezembro/2023

 

Referências:

  1. BRASIL. Ministério da Saúde. Relatório de Monitoramento Clínico do HIV 2022. Brasília-DF. 2022. Disponível em: <https://www.gov.br/aids/pt-br/central-de-conteudo/publicacoes/2022/relatorio-de-monitoramento-clinico-do-hiv-setembro-2022.pdf/view>. Acesso em: 14 de dezembro de 2023.